Projeto vai transformar Parque de Exposições Granja do Torto em polo da inovação do agronegócio no centro-oeste

Investimento de R$ 150 milhões já está previsto através da instalação de empresas do setor.

O Parque de Exposições Granja do Torto (PGT) se tornará o grande centro de desenvolvimento da agropecuária da região centro-oeste. O plano de reestruturação do parque para 2020/2021 é composto por sete macroprojetos voltados ao crescimento do setor por meio de inovação tecnológica e atração de negócios para o DF. Até o momento, as empresas investidoras já empenharam mais de R$ 150 milhões para o projeto.

O plano tem como foco o desenvolvimento do segmento agropecuário por meio de investimentos em inovação tecnológica, pesquisas, capacitação de pessoal, prestação de serviços, produção e comercialização de insumos e material genético. O PGT hospedará a Universidade CNA-SENAR, de nível superior e técnico, e o Hospital Veterinário, o maior da América Latina para animais de grande porte, além de uma indústria de adubos e fertilizantes naturais. “As mudanças representam um grande investimento na educação e estimulam o crescimento do número de profissionais e pesquisadores da área, gerando emprego e formando mão-de-obra especializada”, avalia o diretor-presidente do PGT, Eugênio Farias.

O IBEqui (Instituto Brasileiro de Equideocultura) estuda a possibilidade de ter uma sede nesse parque que está em plena expansão. A oportunidade seria benéfica para os dois lados, para o PGT que ganha uma entidade que representa toda a cadeia produtiva do cavalo que movimenta mais de R$ 16 bilhões e que gera mais de três milhões empregos. “Temos hoje seis milhões de cavalos do Brasil e uma sede do IBEqui no Parque ao lado de outros grandes projetos e empreendimentos, só vem agregar ao nosso instituto. Vai nos levar à Brasília, a capital federal do País, que é essencial para nós”, avalia Manuel Rossitto, presidente da junta administrativa do IBEqui.

O PGT, através do projeto Mercado Agro será um centro de venda permanente que também receberá leilões, feiras de agricultura familiar e concursos. “Nós temos uma área de 74 hectares que vai ser melhor aproveitada para o desenvolvimento da agropecuária. O volume e produção no DF não são tão grandes pela sua pequena extensão territorial. Devemos nos preocupar com a produtividade, representatividade vanguarda. Somos a capital federal, de onde saem as decisões para o país e pra onde vem quem quer fazer negócios no agro cerrado Brasileiro,”, afirma Faria.

Outro destaque será o projeto PGT Eventos, cuja estrutura permitirá que Brasília seja sede das maiores exposições e eventos do setor, como a Expoabra e a Expocountry. A transformação dos espaços também representa uma importante melhoria para outras atividades que já são realizadas no parque, como o Brasília Capital Moto Week, o maior encontro de motociclistas da América Latina, que atrai milhares de turistas para a capital federal todos os anos.

Causas sociais

Além de movimentar a economia do DF, o PGT também se empenhará em ampliar as ações sociais. A Associação Nacional de Equoterapia (ANDE), que fica instalada no parque, terá capacidade para atender, gratuitamente, sua demanda represada com deficiência para as aulas de equoterapia. Uma parceria entre a ANDE e a Universidade de Brasília (UnB), já implantada no PGT, trará ciência e pesquisa aplicada em busca de maiores resultados na aplicação de tecnologia para aperfeiçoamento da equoterapia, através do Centro de Pesquisas ANDE e UNB, instalado no PGT. 

Os eventos realizados no local também terão recolhimento de doações de alimentos, agasalhos e outras necessidades para as populações mais vulneráveis. Além disso, as ações no parque fomentarão a agricultura familiar e pequenos produtores.

O PGT

O Parque de Exposições Granja do Torto é uma instituição classificada como Serviço Social Autônomo, sem fins lucrativos, que atua como residência oficial do segmento agropecuário do Distrito Federal. Tem como objetivo incrementar e integrar as cadeias produtivas, fomentar as atividades econômicas e o desenvolvimento do setor.

O IBEQUI O Instituto Brasileiro de Equideocultura (IBEqui) foi fundado em 24 de agosto de 2020, com cinco pilares de atuação: Assuntos Regulatórios; Cultura e Ações Sociais; Sanidade Animal; Segurança Jurídica e Bem-Estar Animal e Esportes Equestres. Sua missão é unir e fortalecer todos os elos da cadeia produtiva do cavalo, por meio de diferentes atividades e iniciativas, a partir da fundamentação em estudos técnicos. Potência econômica e social do agronegócio brasileiro, a equideocultura representa um campo repleto de oportunidades